domingo, 31 de março de 2013

Irmãos Grimm - Criadores de Contos


Irmãos Grimm

Todos já assistimos ou, com certeza, já ouvimos falar em Cinderela, Branca de Neve e os Sete Anões, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel, entre outros contos durante a nossa infância, e continua em nossas vidas até hoje. Recentemente tivemos o filme “Branca de Neve e o Caçador” (2012), do diretor Rupert Sanders; onde ele mostra o conto infantil com uma nova visão. Ele deixa de ser infantil e passa a ser um filme para jovens e adultos, mas sem perder a magia do original. Seguindo essa mesma linha, em janeiro (mas precisamente dia 25), estreou “João e Maria: Caçadores de Bruxas” (2012), do diretor Tommy Wirkola. O filme se trata das mesmas personagens do conto “João e Maria”, porém os irmãos agora, 15 anos mais velhos, caçam as bruxas. E isso só é possível graças a dois irmãos: Jacob e Wihelm Grimm.

De família alemã, da cidadezinha de Hanau, no estado de Hessen; os irmãos foram criados com mais três irmãos. Jacob, o mais velho, estudou direito na Universidade de Marbug, e um ano após ele ter ingressado no curso, seu irmão juntou-se a ele. Um de seus professores, no ano de 1804, convida Jacob para ser seu assistente em uma pesquisa sobre a História do Império Romano. Os dois se encaminharam para Paris, e na comunicação de Jacob com sua família ele mostrou seu interesse na literatura da Alemanha Antiga. A partir daí ele se afastou de temas jurídicos, e mais tarde convidou o seu irmão Wihelm a dedicar-se juntamente a ele aos estudos sobre história e linguística.

No início os dois recolheram muitas informações através do conhecimento popular, das antigas narrativas, lendas e sagas germânicas. Porém, suas pesquisas tiveram que ser interrompidas devido as Guerras Napoleônicas contra a Prússia e a Rússia. Em meio aos conflitos os irmãos se separaram: Jacob vira secretário na Escola de Guerra, enquanto Wihelm, de saúde frágil continuou a dedicar-se aos estudos.

Os primeiros registros de publicações dos irmãos datam de 1812 – Hildebrandslied e o Wessobruner Gebet. A primeira coletânea, também publicado naquele mesmo ano, fora os Contos da Criança e do Lar, com uma tiragem de 900 exemplares. Além disso eles também escreviam uma edição do Eddas e uma versão alemã do Romance de Renart – um conjunto de poemas medievais. Em 1815 ele lançam um novo volume dos Contos da Criança e do Lar. Entre 1816 e 1818 eles publicam dois tomos de lendas recolhidas.

Wilhelm Grimm
 
Por volta de 1820, Jacob se dedica a Gramática Alemã. O seu estudo era voltado pra a flexão e formação de palavras. Enquanto seu irmão dedicava vários anos aos estudos e publicações sobre a gramática alemã; Wihelm publicou vários livros sobre as runas e os cantos heróicos alemães. Todas essas publicações se passaram enquanto ambos trabalhavam na Biblioteca de Kessel. Alguns anos depois os dois se demitiram de seus empregos e aceitaram o emprego na Biblioteca da Universidade de Göttingen em Hanôver.

Após alguns anos eles retornam a Kessel, onde ficam um período desempregados, até o Rei Frederico Guilherme IV da Prússia os convindar para trabalharem na Acadêmia de Ciências e professores na Universidade Humboldt. Os dois se instalam em Berlim e, durante esse período, eles se consagram com a escrita de um dicionário histórico da língua alemã, onde cada palavra aparece com sua origem, evolução, usos e significação.

Wilhelm morreu em 16 de dezembro de 1859. Seu irmão continou as publicações dos dois até o ano de 1863, na qual veio a falecer.

Jacob Grimm
 
Os Contos Grimm são caracterizados por serem contos de encantamento, que apresentam metamorfoses ou transformações por encantamentos. Graças a isso também podemos enquadrá-los em contos maravilhosos, onde eles apresentam elementos mágicos e sobrenaturais encaixados naturalmente durante o enrredo. Podemos encaixar também as fábulas (histórias vividas por animais) e lendas (histórias ligadas ao princípio dos tempos ou da comunidade e onde o mágico aparece como "milagre" ligado a uma divindade). Os contos de enigma ou mistério e os jacosos (cómicos) também são exemplos.

Dentre os contos mais famosos podemos citar:

- Branca de Neve

- Cinderela

- O Flautista de Hamelin

- O Ganso e o Ouro

- Rapunzel

- Chapeuzinho Vermelho

- A Bela Adormecida

- João e Maria

 

Escrito por Gabriel Albuquerque

quarta-feira, 20 de março de 2013

Diferenças entre Mangá/OVAs/anime/filme de Samurai X (Rurouni Kenshin)






Kenshin, o Andarilho - Crônicas de um Espadachim da Era Meiji) é uma série de mangá criado pelo artista Nobuhiro Watsuki e posteriormente adaptado em anime (com 6 OVAs) e agora para filme. A série, ambientada nos primeiros anos da Era Meiji no Japão, conta a história de Kenshin Himura um pacifico espadachim que prometeu nunca mais matar. Entretanto, seu passado como retalhador a serviço da Ishin Shishi fará o jovem Himura brandir novamente sua espada contra velhos e novos inimigos.
O anime é bastante fiel ao mangá, tendo apenas algumas mudanças que não costumam fazer muita diferença, mas que algumas fazem, como por exemplo: Na saga de Raijuuta, Youtarou no mangá é desde início discípulo de Raijuuta e seu pai está vivo, inclusive aparecendo na história. Já no anime é um garoto mimado que vive em uma mansão e que perdeu seu pai ainda pequeno. O que a falta do pai no anime, facilita para que o Youtarou veja o papel paterno em Raijuuta, e assim a sua traição pode ter um maior apelo dramático. Mas em sua maioria, são alterações insignificantes, como a ordem de lutas.
As páginas coloridas que tem no mangá são bem suaves, e equilibradas, o que torna gostoso de se ler. Trabalhar com páginas coloridas sempre existe um risco maior em se tornar uma poluição visual do que páginas P&B.
Até o final da saga de Shishio, o anime permanece fiel (sem contar os fillers) , no entanto, ao final da saga, o mangá segue caminho diferente do anime, diferenciação que aconteceu porque ao término da saga de Shishio, Nobuhiro Watsuki parou por uns tempos com a história e enquanto isso o anime alcançou o mangá. E os produtores, sem outra saída, criaram suas próprias histórias. Watsuki ainda pretendia criar a saga de Hokkaido logo depois da saga de Enishi, porém desistiu disso.
Mais tarde foram lançados os OVAs, nos quais os 4 primeiros contam o passado de Battousai, que no mangá é mostrado através de flashbacks na última saga. Os OVAs assumem um estilo mais realista. Kenshin tem uma personalidade mais fria do que no mangá (mesmo que no mangá mostre Kenshin mais frio em seu passado, ainda é menos que no OVA), também devido ao traço menos caricato, ao contrário do OVA. Já os 2 últimos, é uma compilação do que ocorre no anime, e mostra o final de Kenshin. A compilação teve umas diferenças e o final foi um tanto quanto melodramático. Kenshin estava muito depressivo, o que não agradou muito os fãs.
Em 2012 foi lançado o filme, com o ator Takeru Satoh (que os fãs o reconhecerão, pois ele já foi um Kamer Raider, na série), como o Kenshin. O filme possui muitas alterações, mas temos que contar que são 2 horas apenas, para se contar muita história, e que devido a isso muitos personagens teriam que ser removidos. A personalidade de Kenshin está menos caricata do que no anime/mangá e menos séria do que no OVA, sendo um meio termo. O filme mostra o que seria o inicio da primeira saga, até onde supostamente Kenshin enfrentaria o Aoshi, no entanto o último desafio foi Udō Jin-e. Nos lugares onde Han'nya e Shikijō, estão Gein e Banjin Inui respectivamente. Eles possuem uma certa similaridade, portanto é fácil de perceber quem tomaria o lugar de quem no filme. 


Gein e Banjin Inui, aparecem na última saga. Banjin e Shikijo não são muito diferentes entre si, com excessão de que Banjin tem um passado relacionado ao Kenshin, mas Gein está claramente parecendo mais com Han’nya do que com o próprio Gein dos mangás. Saga que junto a de Shishio, possuem grande quantidade de personagens, o que provavelmente iria haver cortes mesmo. E é curioso pensar o que acontecerá com Aoshi, que não dá as caras no filme e ninguém de seu clã, mesmo sendo de uma saga que supostamente ele pertenceria.
Outra diferença que Saitou aparece desde o inicio, tendo um papel de certa importância. A história ficou bem amarrada, boas atuações (menos da do Yahiko), não deixa pontas soltas, mas é possível uma continuação, que esperamos ver. 

escrito por Felipe Utsch

domingo, 17 de março de 2013

Análise de composição de páginas - Sin City (Frank Miller) e a teoria de Gestalt



Gestalt – termo alemão intraduzível, com um sentido aproximado de figura, forma, aparência. Por volta de 1870, alguns estudiosos alemães começaram a pesquisar a percepção humana, principalmente a visão, atuando no campo da teoria da forma. De acordo com a Gestalt, nós possuímos a capacidade de receber a informação visual de diversas maneiras. não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes, basicamente "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias". Um exemplo clássico, é a imagem em que podemos ver ou 2 faces ou 1 cálice.
Alguns outros exemplos:


Agora analisaremos a obra Sin City de Frank Miller, com base nas teorias de Gestalt:









escrito por Felipe Utsch