Famosos guerreiros Vikings da idade média, que atualmente aparecem
muito em jogos, RPGs, quadrinhos e
inclusive tendo um mangá que virou animé.
Especula-se que berserkers eram grupos ou bandos de guerreiros
inspirados religiosamente, que entravam em tamanho estado de fúria durante o
combate, que dizia-se que suas peles podiam repelir armas.
A palavra “berserker“, que originou o berserk no Inglês, possuem dois
significados. A mais coerente diz que seria “camisa de urso” (do nórdico bear),
e a outra “sem camisa” (do nórdico bare). Seja como for, talvez as duas possam
ter coerência mútua. A ligação com o urso provém do simbolismo e da importância
deste animal para as tribos de origem germânica, desde a antiguidade. E a
segunda explicação, sem camisa, refere-se ao fato dos berserkers não usarem
nenhuma proteção nas batalhas.
Uma das explicações do comportamento frenético dos Berserkes, era a utilização
de alucinógenos (o cogumelo Fly acaris, por exemplo, comum entre os xamãs da
Lapônia) ou bebidas alcoólicas. Testes químicos e experimentos com voluntários
reproduzindo situações de batalha concluíram que os efeitos colaterais
derivados da ingestão destes produtos (náuseas, vômitos, tonturas), em vez de ajudar,
acabaram prejudicando as ações humanas. Uma outra explicação para o frenesi dos
berserkers e em consequência, no seu sucesso perante as batalhas, advém de
causas puramente psicológicas. O pesquisador Peter Woodward, no programa Conquista
da BBC, testou essa teoria. Em primeiro lugar, o tipo de equipamento mais usado
por estes guerreiros era o machado, uma arma somente de ataque e sem defesa
operacional, como a espada. Um soldado na frente de batalha, sem nenhum tipo de
proteção (armadura ou escudo), gritando, urrando, dançando e atirando o próprio
corpo contra os inimigos sem nenhum medo, causa um efeito psicológico
devastador: é a agressão em estado puro, terrivelmente assustadora. Esse estilo
suicida extremista fez os berserkers entrarem para a história da guerra.
Analisando por um outro lado também, quando a adrenalina é liberada
pela medula supra-renal ela permite que o sangue circule com mais
facilidade nos músculos. Isso significa que uma quantidade maior de oxigênio é
transportada para seus músculos pelo sangue extra, o que permite que eles
funcionem a níveis elevados. Os músculos esqueléticos - aqueles presos aos
ossos por tendões - são ativados pelos impulsos elétricos do sistema nervoso.
Quando são estimulados, os músculos contraem-se, o que significa que eles
diminuem. Isso é o que acontece quando você levanta um objeto, corre ou dá um
soco. A adrenalina também facilita a conversão da fonte de combustível do
corpo, o glicogênio, para seu combustível, a glicose. Esse carboidrato dá
energia aos músculos, e uma explosão repentina da glicose também permite que
eles fiquem mais fortes. Então, isso significa que temos forças sobre-humanas
que se revelam quando nos deparamos com o perigo? Essa é uma maneira de
liberá-las.
Existem também teorias de como os berserkers eram devotados fiéis à Odin,
seria portanto a sua fé em um deus xamânico, que privilegia a magia, o êxtase e
a metamorfose humana em animais, que explicaria esse comportamento. Segundo a descrição
de Snorri da Saga dos Ynglingos (escrita no século 13 d.C.): “os homens
de Odin avançam para as frentes sem armaduras, onde tão loucos como cachorros
ou lobos, mordem seus escudos, e são tão fortes quanto ursos ou bois selvagens
e matam pessoas com um golpe, mas nem o ferro nem o fogo os detém”. Escolhendo
como totem pessoal o urso ou lobo (no caso dos guerreiros chamados de Úlfhedinn),
estes guerreiros cultuariam a Odin através de danças e rituais portando
máscaras animais e armamentos. Várias placas-amuletos encontradas na
Escandinávia mostram cenas de homens vestindo peles (inclusive cabeças de lobo)
e dançando numa espécie de êxtase.
Isso está relacionado ao hamr (alma, forma) e a fylgja
(forma espiritual que acompanha cada humano). Na religiosidade Viking, a hamr
de um ser humano poderia se transformar em um animal e também estava relacionada
à crença nos lobisomens.
Na sociedade Viking, os berserkers eram
admirados, respeitados e requisitados como mercenários, piratas e até soldados
reais. Eram o que havia de melhor entre os guerreiros, já que eram valorosos e
se serviam de estratégia no combate. Entretanto, não eram todos que aplaudiam
as ações dos berserkers: fazendeiros, artesãos e outros proprietários de
pequenas terras os temiam. Para eles, esses guerreiros representavam a loucura
e a perversão sexual. De fato os Berserkers eram
psicologicamente instáveis.
Essa fúria, denominada berserkergang, ocorria não apenas
no calor da batalha mas também durante o trabalho árduo. Homens que foram apreendidos realizavam coisas
que de outra forma pareciam impossíveis para o poder humano. Nesta estado, o guerreiro
começava a ter pequenos tremores, batendo os dentes, com frio no corpo, e então
o rosto passava a ficar inchado e mudava de cor. Normalmente estes sintomas
estavam ligados a uma forte febre, no passado tido como grande raiva, sob as
quais os guerreiros uivavam feito animais selvagens, cortando tudo o que
encontravam, sem discriminar amigo ou inimigo. Quando essa condição acabava,
era comum eles se sentirem atordoados e fracos, efeitos que podiam durar um ou
vários dias.
Como é difícil estudar os efeitos gerado nos berserkers sem está
lá presente no campo de batalha, apenas estudando fatos históricos, a Ciência
não sabe afirmar se era uma espécie de distúrbio mental
coletivo que desencadeado pelo grupo diante o estresse e adrenalina
causados pela sensação de guerra, se era uma técnica que esses homens
aprenderam a ponto de conseguir desbloquear esse “mecanismo de proteção” do
organismo ou se era mesmo uma erva, cogumelo, ingerido antes da batalha que
causava esse efeito.
escrito por Felipe Utsch
pow fico maior legal... Parabens...
ResponderExcluir