terça-feira, 8 de outubro de 2013

Sir. John Ronald Reuel Tolkien


Apesar dessa matéria hoje não ser ligada diretamente ao mundo dos quadrinhos/anime, vamos falar de alguém muito querido por nós. Ninguém mais que, J. R. R. Tolkien!
Que ele é um gênio, e todos nós amamos os filmes inspirados em seus magníficos livros como, o mais famoso de todos, O Senhor dos Anéis; não é novidade para ninguém. Mas, resolvi contar um pouco mais sobre a sua história, pare que nos apaixonemos mais ainda por seu talento e trabalhos.

Sir. John Ronald Reuel Tolkien nasceu no ano de 1892, em Bloemfontein, Estado Livre de Orange, na atual África do Sul. Porém, sua criação se deu na Inglaterra, a terra natal de seus pais. Por ser muito novo ao se mudar de país, os seus pais o naturalizaram britânico. Essa mudança se deu somente com sua mãe, Mabel Suffield e com seu irmão Hilary Arthur Reuel Tolkien. Seu pai, Arthur Tolkien ficou no Estado Livre de Orange por causa de seu trabalho no Bank of Africa, na qual, após contrair febre reumática, veio falecer no ano de 1896. No ano de 1900, sem Arthur para enviar dinheiro para os três, a única ajuda financeira vinha de alguns parentes. Ajuda essa que se desfez quando Mabel decidiu se converter para a igreja católica. Sem dinheiro, a mãe de Tolkien veio a falecer de diabetes. O escritor considerou esse fato um ato de fé de sua mãe, e converteu-se também ao catolicismo, na qual seguiu até o fim de sua vida. Com a morte de sua mãe Tolkien e seu irmão foram entregues aos cuidados do Padre jesuíta Francis Xavier Morgan

John e Hilary foram alojados no mesmo local que uma jovem chamada Edith Bratt, que viria a ser a futura esposa do escritor. Porém, seu tutor não permitia que eles se vissem, até Tolkien completar 21 anos, onde ele alcançaria a maior idade. No seu vigésimo primeiro aniversário, ele escreveu para Edith a propondo em casamento, mesmo a jovem estando comprometida. Ela aceitou o pedido e se converteu para o catolicismo. Juntos tiveram quatro filhos: John Francis Reuel Tolkien (1917-2003), Michael Hilary Reuel Tolkien (1920-1984), Christopher John Reuel Tolkien (1924) e Priscilla Anne Reuel Tolkien (1929).

Durante a sua infância houveram duas realidades: a rural em Sarehole, ao sul de Brimingham (local de inspiração para a criação do Condado), e o urbano, na escura Brimingham, onde ele iniciou os seus estudos. Após a morte de sua mãe, Tolkien dedicou-se inteiramente aos estudos, demonstrando forte talento para a linguística. Estudou grego, latim, línguas antigas e modernas. No ano de 1908, o jovem inicia a sua carreira acadêmica no Exeter College, da Universidade de Oxford. Em 1915 ele recebe o seu diploma com honras de licenciatura em Literatura em Língua Inglesa. Um ano depois, ele fora convocado pelo exército inglês para a guerra (1ª Guerra Mundial). Em 1918, após contrair tifo, foi enviado de volta para a Inglaterra, e em 1919, de volta à Oxford inicia um de seus livros, O Silmarillion. Com o fim da guerra, Tolkien se dedicou a carreira acadêmica como professor, se tornando um grande e respeitado filólogo. Nessa mesma época ingressou ao um grupo responsável pela elaboração do New English Dictionary. Em 1925, houve a primeira publicação de um de seus trabalhos, feito em conjunto com E.V. Gordon: Sir. Gawain & The Green Knigth.

“A ancestral Sarehole há muito que se foi, engolida pelas estradas e por novas construções. Mas era muito bonita, na época em que vivi lá…” - Tokien

O seu primeiro grande sucesso surgiu no ano de 1928, enquanto examinava documentos de alunos que queriam ingressar na Universidade:

Um dos alunos deixou uma das páginas em branco – possivelmente a melhor coisa que poderia ocorrer a um examinador – e eu escrevi nela: Em um buraco no chão vivia um hobbit, não sabia e não sei por quê.” - Tokien

E, a partir dessa frase, ele começou a escrever O Hobbit, mas o deixou pela metade. O manuscrito foi emprestado para a Reverenda Madre de Cherwell Edge, e visto por uma bacharel de Oxford, Suan Dagnall, que trabalhava para editora Allen & Unwin. O livro pela metade foi analisado depois por Rayner Unwin, filho da fundadora da editora, que ficou maravilhado com a história e encorajou Tolkien a termina-lo. Assim, no ano de 1937, sai a primeira publicação de O Hobbit.

As aventuras do hobbit Bilbo ao lado do mago Gandalfi pela Terra Média fez tanto sucesso, que Tolkien foi sondado para novas aventuras. Ele ofereceu o que considerava o seu principal trabalho, O Silmarillion. Mas, a editora Allen & Unwin não quis arriscar. Assim, ele resolveu dar continuidade a saga dos hobbits e começa a trabalhar em uma nova obra que lhe custou doze anos de trabalho, e que mais tarde o conceituaria como um dos mais importantes escritores de todos os tempos. Ele havia escrito O Senhor dos Anéis. A primeira publicação de sua mais famosa obra se deu em 1954 (A Sociedade do Anel e As Duas Torres) e no ano de 1955 (O Retorno do Rei). Essa trilogia consolidava o Mundo Secundário de Tolkien. Uma realidade a parte chamada Árda, habitada por seres fantásticos como os Valar, os Maiar, e os mais conhecidos hobbits, elfos, anões, trolls e orcs.

“[Criei] um Mundo Secundário no qual sua mente pode entrar. Dentro dele, tudo o que ele relatar é "verdade": está de acordo com as leis daquele mundo. Portanto, acreditamos enquanto estamos, por assim dizer, do lado de dentro.” – Tokien

Tokien ainda teve outras obras importantes publicadas: Sir Gawain and The Green Knigth (1925), Mestre Gil de Ham (1949), As Aventuras de Tom Bombadil (1963), Smith of Wootton Major (1967), Sobre História de Fadas (1965); entre outros vários títulos em vida e após sua morte.

No ano de 1972 ele recebe um dos títulos mais importantes do mundo: a Ordem do Império Britânico, concedido pela Rainha Elizabeth; se tornando assim Sir John Ronald Reuel Tokien. Um ano depois, com 81 anos, Tolkien foi internado por estar sofrendo uma hemorragia interna, devido a uma úlcera. E no dia 2 de setembro, um dos maiores gênios da literatura falece.

“Dois de Setembro de 1973, Londres. J.R.R. Tolkien, linguista, estudioso e autor de sucesso, faleceu hoje em Bournemouth. Ele tinha oitenta e um anos…” – The Sunday Times

Escrito por Gabriel Albuquerque


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