Uma das HQs mais marcantes do Superman, “A morte do Superman”. Marcante
não pela profundidade da história, mas sim, pela morte de um ícone.
Mas quando precisamente o Super começou a morrer?
A venda das revistas do azulão já estavam em queda, e é difícil de
determinar o porque. Talvez a queda tenha começado no período pré-crise, quando
o Super carregava planetas como se fosse espetinhos. Um período em que era difícil
de criar um vilão para ele. Mas, depois da Crise das Infinitas Terras, deram uma
boa diminuída nos poderes do Superman, pode-se dizer que estivessem
entrando numa nova era dos super heróis, mais humanos, e que assim, o Super
teve dificuldade de acompanhar.
Então veio a morte de, até então, um dos maiores ícones dos quadrinhos.
A simples menção de que a editora planejava matar seu maior ícone fez com que
não só as atenções da mídia especializada, mas também de outros setores da
imprensa, voltassem-se para a personagem. Até o Fantástico fez
uma matéria sobre o evento. Além disso, a morte do Superman gerou um belo
lucro, já que, da história - e suas consequências -, surgiram novas personagens
e títulos. Até um game para Mega Drive e Super
Nes, intitulado Death and Return of Superman chegou ao
mercado. Sem falar na edição que mostrava o desfecho da grande batalha entre o
Super e seu assassino, uma recordista de vendas para a editora na época.
A história, dividida em 7 partes, com a equipe composta por Louise
Simonson, Roger Stern, Dan Jurgens, Jerry
Ordway, Jon Bogdanove, Tom Grummett, Jackson
Guice, Dennis Janke, Rick Burchett, Doug Hazlewood, Denis
Rodier e Brett Breeding, não é nenhuma obra prima. Bem simples na verdade! É simplesmente o Apocalipse saindo na porrada com a Liga e depois com o Super até
a morte. Não é um dos inimigos que se tem que pensar em como parar, planejar
algo e descobrir seus planos como poderia ser com o Lex Luthor, é apenas um
monstro que sai quebrando o que vê na frente e a única forma de pará-lo é na base da
ignorância também. A liga na época não era compostas por grandes personagens,
ficou famosa pelo entrosamento entre os personagens, que eram bem
interessantes, mas não tinha nenhum peso pesado da editora como Batman, Flash,
Mulher Maravilha. Só o Lanterna Verde que na época não era mais verde, e diga -se
de passagem, não é o principal lanterna da tropa, embora um dos mais engraçados
e até interessante, é um dos “coadjuvantes”.
Algumas incoerências como por ex: Um monstro, que é capaz de sair no
braço com o Super, aliás, o matou na base da porrada, que sai destruindo tudo
que vê pela frente, quando espanca uma personagem que não tem poderes como o
Besouro Azul, como esse personagem não morreu? Apocalipse se segurou pra não
mata-lo?
Até o lançamento desta saga, morte em HQ ainda era levado a sério. As
personagens que morriam, serviam para o desenvolvimento do caráter, ou devido a algum evento. A morte do tio Bem do Homem Aranha, a
morte dos Pais do Batman, a morte dos pais kriptonianos do Superman. Algumas
personagens que haviam sido desenvolvido ao decorrer dos anos, ao contrário dos
citados que já aparecem no enredo mortos por assim dizer, também morreram de
forma a dar saudades, como o 2º Flash, Barry Allen, o 2º Robin, Jason Todd,
Gwen Stacy, que era a namorada do Homem Aranha, A batgirl Bárbara Gordon, que embora não
morreu, ficou paraplégica. Até então acreditava -se que era adeus, e que com o
Super seria adeus também. Outros personagens seguiram a onda, Batman, Mulher
Maravilha, Arqueiro Verde, Lanterna Verde, todos morreram (ou ficaram
incapacitados como o caso do Batman que teve a coluna quebrada). Sem aparecer
atuando nas HQs com seus uniformes por um bom tempo. Mas, esses últimos, ao
contrário dos primeiros citados, estavam na mesma estratégia que a Morte do
Super, e que virou moda: matar e ressuscitar.
E assim começou a visão de que ninguém nos comics morre. Até porque
alguns dos que foram antes da moda iniciada com o Super, também voltaram, como
Jason Toddy e Barry Allen.
Para terminar, lançaram uma animação sobre a morte e retorno do
Superman. Ficou boa, procurou ser fiel, mas no quadrinho dava muito mais
desespero diante da situação. Até porque na animação não aparece a Liga. E a
destruição do Apocalipse foi menor.
Escrito por Felipe Utsch
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