Ao
contrário de X-Men Origens: Wolverine (2009),
em Wolverine: Imortal o clima é bem mais pesado, soturno e fiel ao lado animal,
violento e sangrento da personagem. Baseado na saga "Eu, Wolverine", de Chris
Claremont e Frank Miller,
onde Logan vai ao Japão em busca de seu antigo amor Mariko Yashida. Mas, ele encontra
apenas fúria a sua espera. No filme ocorrem algumas diferenças dos quadrinhos,
mas há pontos que o tornam fiel e respeitoso a cultura japonesa.
Após a
morte de Jean Grey, encontramos nosso anti-herói exilado nas montanhas rochosas
do Canadá quando é surpreendido por um convite inusitado de Yukio em
nome de um antigo companheiro de guerra (pai de Mariko), o qual salvou a vida
durante a explosão da bomba atômica em Nagasaki para ser presenteado em débito
de tal ato.
Os 2 primeiros atos funcionam
maravilhosamente bem. Desenvolvimento dos diversos personagens (com falas em
japonês), a relação entre Mariko e Logan, a busca de superação para
tornar-se alguém à altura da mulher que ama, (Famke Janssen, a Jean Grey da série X-Men,
aparece o tempo todo nos sonhos do herói) e as lutas bem
coreografadas e violentas ao decorrer da história.
Porém, no 3º ato as coisas
começam a sair do eixo, muitos vilões simplesmente “jogados” na tela durante
toda a confusão. Além do desfecho desnecessário e mal desenvolvido como, por
exemplo, a perda das garras de Adamantium e a regeneração das próprias. Até
onde sei Wolverine não regenera seus ossos e muito menos seu fator de cura que
foi absorvido pelo Samurai de Prata. Há controversias também a respeito das
mudanças do vilão, contudo acho que foram bem aplicadas para o andamento do roteiro
e o que realmente desagrada aos fãs é o fato de toda narrativa do longa ser
exagerada em relação ao fator de cura do personagem. Esse poder simplesmente diminui assustadoramente seu
envelhecimento mas não o torna um ser imortal.
Portanto,
o filme apresenta erros, mas supera muito o original (2009) sendo o melhor solo
do mutante que retorna em X-Men - Dias de um Futuro Esquecido,
outra grande HQ que será adaptada para as telonas.
Por: Guilherme Rincon Amora
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