sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Akira - Gênio do Dragon Ball


Akira Toryama

Hoje eu resolvi falar um pouco para vocês sobre a vida do gênio por trás do épico Dragon Ball!

Akira Toryama nasceu em Kiyosu, Aichi, no Japão, em 5 de Abril de 1955. A sua maior influência. Akira iniciou sua carreira em 1978 com Wonder Island, publicada na Weekly Shonen Jump (revista semanal de mangás publicadas pela editora Shueisha).


A sua fama se fez através da história intitulada Dr. Slump, que narra às aventuras de Arale, uma menina-robô e os habitantes da Vila Pinguim. A série teve 18 volumes e foi publicada semanalmente na Shonen Jump no Japão, entre 1980 e 1986. Também teve duas séries animadas: Dr. Slump & Arale-Chan (1981-1986) e New Dr. Slump (um remake do original de 1981). No Brasil ela foi publicada em 2002 pela Conrad, porém não chegou ao final devido às poucas vendas.
Apesar de Dr. Slump ter sido a história que fez a fama de Akira, ele é conhecido por ser o autor da famosa série Dragon Ball. Mangá que teve 42 volumes e foi publicado inicialmente da Weekly Shonen Jump a partir de 1986. Houve duas séries animadas de enorme sucesso em todo mundo (houve uma terceira que não fora criada por Toryama, Dragon Ball GT), filmes de longa-metragem, vídeo-game e um mega-merchandising. Seu sucesso fora tão grande que Akira trabalhou de 1986 a 1995, e durante esse período de onze anos foram produzidos 42 volumes, tendo cada um uma média de 200 páginas.
Seu trabalho se estende por projetos de personagens para a série de jogos do vídeo-game Dragon Quest, o RPG Chrono Trigger da Super Nintendo e o jogo de luta da PlayStation, Tobal No1. Também criou pequenas histórias como Cowa!, Kajika e Sandland, além de alguns one-shoots. Seu trabalho mais recente foi como designer de personagem para o RPG Blue Dragon para o Xbox 360, dirigido por Hironobu Sakaguchi (autor do famoso Final Fantasy). O jogo recentemente se tornou um anime.
Akira Toryama é considerado o grande mestre do gênero shonen (gênero direcionado para jovens do sexo masculino devido a enredos humorísticos, as cenas de ação e a existência de personagens femininas trajando roupas provocantes). Exemplos deste estilo são: Dragon Ball, Os Cavaleiros do Zodíaco, Hunter x Hunter, Yu Yu Hakusho, One Piece, Bleach, Death Note, entre outras.
Atualmente o quadrinista está supervisionando um novo filme envolvendo o universo Dragon Ball em formato live action, com lançamento previsto para 2013. Na internet já tem alguns teasers.



Escrito por Gabriel Albuquerque


domingo, 26 de agosto de 2012

Trilogia de Christopher Nolan


“E se você fosse mais que apenas um homem, e desse tudo de si por um ideal, e ninguém conseguisse te deter? Ai, você se tornaria algo diferente... uma lenda, senhor Wayne, uma lenda.”

Essa citação dita por Ras All Ghul, em Batman Begins resume perfeitamente tudo o que foi feito na trilogia Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan. Embora o Batman vivido por Christian Bale não seja o definitivo dos quadrinhos, e é um pouco diferente da sua fonte original; fica claro que o filme conseguiu entender tudo o que representa o mito do Homem Morcego, desde sua essência.
O Batman de Christopher Nolan é real. Sua proposta era nos fazer acreditar que ele podia existir. E por isso, muitas vezes parece ser vulnerável, ao contrário das HQ. Apesar do esforço de Nolan, ele continuou como o herói que nunca se machuca, afinal, nos três filmes só teve dois oponentes que fossem um desafio físico (Ras All Ghul e Bane). Os outros vilões foram grupos grandes, de inimigos em um nível bem mais baixo do que o dele, em que ele enfrentou sem grandes problemas, mesmo que saísse com ferimentos. Mas a grande diferença é o ar arrogante que ele possui nas HQ, e não tem nos filmes, mesmo com dilemas morais, questionando suas atitudes, sempre tendo a certeza de estar sempre certo. A arrogância que o faz peitar o Super Homem dizendo “Essa cidade é minha, cai fora”.



No início vemos Bruce perdido quanto as suas intenções. Querendo justiça e vingança, mas não sabendo distingui-las. Com medos de infância. Somente quando encontra Ras, que começa a se encontrar, com o treinamento. Treina para superar a raiva e controlar seus medos e mais para frente, se tornou o próprio medo.
Logo que Bruce retorna para Gotham, mesmo com todo treinamento e arsenal, ele sabe que precisa de mais alguma coisa (remetendo ao quadrinho Batman Ano 1 de Frank Miller). Ele sabe que para levar o medo ao coração dos criminosos e inspirar esperança para os cidadãos de Gotham, era necessário se tornar um símbolo. Um símbolo é quando se atribui um valor abstrato que vai além de seu real significado passando assim, a significar algo que vai além do que ele próprio. A escolha de Bruce Wayne, um morcego, representava seu medo de infância. “Morcegos me assustam. É hora de meus inimigos compartilharem desse pavor” – Diz Bruce para Alfred. E ao final do filme, vemos a construção do símbolo no momento em que se cria o batsinal.



Em sua sequência vemos as repercussões das ações do Batman. Como as pessoas comuns, que inspiradas pelo Homem Morcego, passam a se fantasiar dele e agir como vigilantes. Os dois principais casos são: 1º - o promotor público Harvey Dent, também conhecido como Duas Caras. Que age dentro da lei colocando os criminosos na cadeia. Inclusive é criada uma parceria com Gordon, Batman e Harvey; para que conseguissem as provas necessárias para os julgamentos. O segundo caso foi com o Coringa -  "Enquanto analisávamos os quadrinhos, houve uma ideia fascinante que a presença de Batman em Gotham atrai, de fato, os criminosos a Gotham. Ela atrai os lunáticos. Quando você está lidando com questões polêmicas, como a 'justiça com as próprias mãos', você precisa realmente se perguntar: 'aonde isso leva?'. É isso que deixa a personagem tão obscuro, porque ela expressa um desejo vingativo." - Nolan, falando sobre a continuação.
O filme é uma união das HQ Longo dia das Bruxas de Joeh Loeb e A Piada Mortal de Alam Moore. A primeira tem a origem do Duas Caras. No filme temos a união entre Harvey e Batman para derrubar a máfia. A cena do dinheiro sendo queimado (nos quadrinhos pelo Batman e Havey, no filme pelo Coringa) é o momento onde há o nascimento de um novo tipo de criminoso, mais insano, que cresce a medida que a máfia cai:
“Você mudou as coisas, para sempre” – diz Coringa para Batman
“Vocês só pesam em dinheiro. Gotham merece um tipo melhor de criminosos. E eu vou dar isso a ela.” – Diz Coringa para um mafioso.

Na segunda HQ, Coringa conta sua origem. No filme, foi transpassado apenas a ideia, em que ele não se lembra de seu passado e acredita que uma pessoa só pode ser honesta até aonde a sociedade permite. Tentando assim corromper inocentes (nos quadrinhos tenta corromper Gordon, mas falha. No filme começa com a própria cidade e depois com Harvey, e consegue). Harvey Dent com o tempo vai se tornando um símbolo de justiça e esperança para a cidade.
“Você é o sinal de esperança que eu nunca consegui ser” – diz Batman ao Dent.

Coringa leva a cidade ao caos e no final destrói sua única fonte de esperança. Batman para tentar manter as esperanças de uma cidade desesperada por uma figura heróica acaba por sacrificar tudo o que ele mesmo representa e assumindo a culpa pela morte de Harvey e pelos seus crimes.
O segundo filme trata da alma de Gotham e das consequências de nossas escolhas. Vemos Bruce refletindo sobre a própria existência do Batman e o que ele representa, e ao final, ficamos sabendo que aposenta o manto. O que nos leva ao terceiro e último filme: Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Ao longo dos dois primeiros filmes acompanhamos Batman de Nolan construindo e desconstruindo um símbolo, e agora, o vemos reconstruindo o símbolo, o mito.


O terceiro filme já começa oito anos após o Cavaleiro das Trevas. Bruce aposentou o manto e Dent vira um mártir tendo a imagem usada para a criação de uma lei, que foi a responsável pelo fim da máfia. Bruce não aparece em publico há anos e Gotham vive um período de relativa paz. Mas apenas relativa, pois vemos que o crime organizado praticamente se extinguiu, mas a corrupção ainda existe e a diferença entre as classes mais favorecidas das classes menos favorecidas estão cada vez maior. Até o surgimento de uma nova ameaça.
A aposentadoria do manto do morcego está relacionada a uma das grandes HQ do Homem Morcego, Cavaleiro das Trevas de Frank Miller. O que nos leva a outro ponto de referencia na obra de Frank Miller: o porquê Bruce Wayne ser o Batman. Desde o início ele se refugiou dentro de sua mansão criando historias de “unhas de 20cm”, “rosto cheio de cicatrizes”. Quando surge uma ladra em seus aposentos, e ele está de volta a batcaverna. Como o próprio Alfred se refere, o seu patrão estava apenas esperando as coisas piorarem novamente. Portanto a resposta é: Bruce é o Batman porque ele quer. A morte dos pais é o primeiro empurrão, fazer justiça é apenas ao que Bruce direciona o Batman.


O filme também trata a seguinte questão: vale a pena viver uma mentira? Logo no início vemos Gordon com crise de consciência por condenar o homem que salvou sua família e toda a cidade para que endeusassem aquele que tentou assassinar seu filho.  Quando Bane finalmente aparece, a paz está por um fio e Batman é forçado a voltar em um retorno espetacular, com citações diretas dos quadrinhos “garoto, se prepare para ver um show essa noite, filho”.
O filme volta a tratar da questão do símbolo. A ausência do Batman foi sentida não só por Gordon, como por todos os cidadãos da cidade. Notamos isso logo no começo com os policiais que não se esforçam para pega-lo, e também pela nova personagem: John Blake, que revela ser o Robin.  O policial acaba sendo todos os Robins, ao mesmo tempo em que nenhum deles.

Explicando:
John Blake é policial assim como Dick Grayson que foi o primeiro Robin. Possui pai que morreu nas mãos de agiota e não conheceu a mãe, assim como o segundo Robin, Jason Todd. Ele descobre a identidade do Batman sozinho assim como o terceiro, Tim Drake. O quarto é o Daimian Wayne (sim, o filho de Bruce), que possui o apelido de "esquentadinho". É ele que mostra qual foi a importância do símbolo que Bruce construiu com Batman. Papel que Robin sempre teve que empenhar nas HQ: a de equilibrar o Batman, e por vez, substituí-lo.”

Bane, é um vilão que nas HQ foi criado por uma necessidade mercadológica. A de recriar o que foi feito com o Super Homem. Matar (no caso foi só quebrar) o Morcego. E por isso nunca foi devidamente utilizado. Mas aqui ele ganha uma nova roupagem, sem perder sua essência. Ele está grande, mete medo, é frio e calculista. E sim, ele quebra a coluna do Batman, assim como foi nos quadrinhos. Possui uma união do que ocorre em Cavaleiro das Trevas de Frank Miller e a saga A Queda do Morcego. Na saga, Bane leva o Batman até seu limite para depois quebrá-lo. Na obra de Frank Miller, Bruce já está velho e por isso perde o primeiro confronto contra o Líder Mutante. No filme vemos que alguém que dedicou a vida para o combate contra o crime sem muito apoio, não consegue ter uma vida sem sequelas. Bruce não esta em seu melhor estado desde o início do filme, além de ter relaxado por está oito anos parado. E devido a isso ele não consegue lutar em pé de igualdade contra Bane. O vilão também não deixa de “quebrar o espírito do Batman”. Só que aqui ele o coloca em uma prisão para que assista a sua cidade cair.
O filme Cavaleiro das Trevas - 2008, não possui uma ligação direta com Batman Begins. Funcionam como filmes independentes. Já Cavaleiro das Trevas Ressurge, remete diretamente aos dois filmes anteriores sendo assim, melhor assisti-los em sequência. Há o retorno da imagem de Ras All Ghul. Falo a imagem, porque ele morre em Batman Begins. No entanto, foi o responsável pelo treinamento de Bane que junto com a sua filha Talia, aparecem para terminar sua obra. Referência essa as HQ “O Legado do Demônio”, que mostra esta aliança. E referência a saga “Terra de ninguém”, em que Gotham após um terremoto fica largada pelo governo e Bruce tem que juntar forças para reconstruir sua cidade. No filme, o vilão implanta uma arma atômica na cidade forçando o governo a recuar.
Durante a trilogia, podemos notar que todos os vilões são reflexos do próprio Batman. Ras All Ghul é um vilão idealista que tem o mesmo objetivo do herói, com a diferença de que é mais radical, chegando ao ponto de matar. Espantalho é um vilão que usa do medo como arma, assim como o Batman. A diferença é que o herói superou e se tornou o próprio medo, enquanto o vilão é covarde e usa de um gás para provocar medo e se sentir em posição de superioridade. Duas Caras é, segundo o próprio Bruce disse:
“Aquilo que eu deveria ter me tornado para salvar Gotham, um herói de face que não usa máscara.”

No entanto também representa o que Bruce poderia ter se tornado caso não aguentasse a pressão e sucumbisse. Bane é o Batman de outro mundo. Tem o mesmo treinamento, é racional, estrategista, usa dos mesmos meios e pode fazer tudo o que o Morcego faz. Porém estão em lados opostos e isso é mostrado quando Ras pede para Bruce matar e ele não o faz. Já o Bane faria sem sentir nenhum remorso. Já o Coringa é o perfeito antagonista, o reflexo no espelho. E como todo reflexo é a imagem invertida, ele não tem treinamento, é irracional e imprevisível; totalmente o oposto do Batman. E principalmente é a inversão do próprio símbolo. Símbolo que podemos notar seu poder na cena em que Batman cria o desenho em fogo em um prédio, fazendo com que todos os policiais irem as ruas lutar pela sua cidade.
Ao contrário dos quadrinhos que a personagem é eterna, aqui ela teve um fim. O que talvez seja um presente de Nolan para o Bruce. Ninguém mais do que ele merece ser feliz. O mito do homem que juntou todas as forças para construir um símbolo de esperança e justiça, foi mais que devidamente representado.

Escrito por Felipe Utsch

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tony Scott

Normalmente nós sempre trazemos para vocês biografias sobre os grandes cartunistas, mas não tinha como não falarmos de Tony Scotty, o diretor por trás do clássico “Top Gun”; que infelizmente perdemos no último domingo (19/08). O diretor cometeu suicídio ao pular de uma ponte que atravessa a zona portuária de Long Beach, em Los Angels.
O cineasta nasceu na cidade de Northumberland, na Grã Bretanha, no dia 21 de julho de 1944. Irmão do também diretor Ridley Scott, Tony estudou na London Royal College of Art e antes de ir para o mundo da sétima arte, ele trabalhou no setor publicitário. Somente no ano de 1983 que o seu primeiro projeto foi para as telonas: “El Ansia”. Um filme de vampiro baseado na obra de Whitley Strieber, que contava como protagonista Catherine Deneuve. O elenco ainda contava com David Bowie e Susan Saradon.
Três anos depois o seu grande sucesso (que até hoje é muito falado pelos mais velhos) chega às telas do cinema: “Top Gun - 1986”. Apesar de o filme ser enquadrado no gênero ação, a maior parte do enredo se desenrola em torno do casal “Pete Mitchell (Maverick)”, interpretado por Tom Cruise; e “Charlotte Blackwood”, interpretado por Kelly McGillis. “Maverick” é um piloto de caça do exército dos EUA e, após o seu companheiro abandonar a aviação de caça ele foi selecionado para participar do curso “Top Gun” na Navy Figther Weapons School, onde ocorre a maior parte do filme.
Na década de 90, Scott era o cineasta “pop” da época lançando filmes que se tornaram grandes sucessos e com elencos de peso como Kevin Costher (“Revenge - 1990); Tom Cruise e Nicole Kidman (“Dias de Trovão – 1990); Bruce Willians (“O Último Boy Scou - 1991); Brad Pitt e Samuel L. Jackson (“Amor à Queima Roupa - 1993); Denzel Washington e Gene Hackman (“Maré Vermelha - 1995); Robert De Niro (“Estranha Obsessão - 1996); Will Smith e Jack Black (“Inimigo do Estado - 1998).
Após a virada do século Tony continuou com o seu grande sucesso como diretor continuando a lançar grandes sucessos como “Jogo de Espiões - 2001, “Chamas da Vingança – 2004. “Domino: A Caçadora de Recompensas – 2005, “Dèjá Vu – 2006, “O Seqüestro do Metrô 123 - 2009 e “Incontrolável – 2010. Sempre mantendo um elenco com grandes atores e atrizes como: Brad Pitt, Denzel Washington, Dakota Fanning, Lucy Liu e John Travolta.
O diretor estava em seu terceiro casamento com dois filhos e recentemente produziu o filme de ficção cientifica “Prometheus - 2012 de seu irmão Ridley Scott. Os dois juntos também produziram as séries de TV “The God Wife” e “Numb3rs” para o canal CBS. Também havia alguns boatos de que Tony e Ridley iriam começar a trabalhar em “Prometheus 2 e em uma possível continuação (ou reboot) de “Top Gun”.

Escrito por Gabriel Albuquerque

domingo, 19 de agosto de 2012

Demolidor na Marvel!


Demolidor retorna para os estúdios Marvel!
A informação saiu na última quarta feira, dia 17. A Variety informou que os estúdios Fox desistiram dos direitos do Homem Sem Medo, para poderem concentrar no reboot do Quarteto Fantástico (Josh Trank dirige). O estúdio vai continuar com os direitos da Elektra (que teve a primeira aparição em 2003, no filme do Demolidor e dois anos depois em seu filme próprio – ambos fracassos de crítica e bilheteria).
No início do mês a Fox estava negociando com Joe Carnahan para dirigir o novo filme do herói, que foi descrito como um “thriller hardocore dos anos 70”. David James Kelly reescreveu a primeira versão de Brad Caleb Kane inspirando-se no arco da história “A Queda de Murdok - 1986” – Frank Miller e David Mazzucchelli. Nessa trama é contada como Wilson Fisk (Rei do Crime) articula um plano para acabar com Matt Murdock, que já algum tempo não estava bem: sua ex-namorada havia suicidado, sua firma de advocacia havia falido após uma má publicidade de um caso e ele sofria mudanças abruptas de comportamento que sua atual namorada, a ex-agente do IRA, Glorianna O’Breen; não conseguia entender.
Nessa mesma época a Marvel fez uma proposta a Fox, onde ela daria mais tempo para a realização do reboot do Demolidor em troca dos direitos de Galactus e Surfista Prateado. Porém, a Fox rejeitou a proposta e o herói retornou para a Marvel (o retorno oficial deve ocorrer na metade de outubro). Joe Carnahan se demonstrou muito pessimista demonstrando sua visão sobre a situação do Homem Sem Medo na Fox, tendo em vista que a sua versão mais violenta do herói não ter sido bem vista pelo estúdio.
Mas, agora que o Demolidor retornou para a Marvel a possibilidade de o filme sair da maneira de que Carnahan planeja aumenta consideravelmente. O que seria muito bom para os fãs, que finalmente poderiam ver um filme onde a verdadeira agressividade desse herói poderia ser demonstrada. E ainda há os mais otimistas dizendo que ele teria participação no terceiro filme dos Vingadores. Também diz que a Marvel começou uma nova trilogia do Homem Aranha para ele entrar para o grupo. Não que fosse ruim, mas será que eles teriam chances? Eles iriam concorrer com outros heróis de peso no grupo, como Pantera Negra e Homem Formiga, que já tem os seus filmes dados como certos.
Nós iremos aguardar ansiosos pelo novo filme do Demolidor, com a esperança de que saia um bom filme, ainda mais após os grandes sucessos que a Marvel lançou nos últimos três anos.

domingo, 12 de agosto de 2012

Cavaleiro das Trevas de Frank Miller

O lendário Frank Miller criou uma das maiores histórias em quadrinhos do Batman: The Dark Knigth Returns. Lançada em 1986, a revista foi uma das responsáveis pela ascensão das HQ de super heróis e seu amadurecimento (junto com Wacthman, mas não a responsável), e muitas vezes considerada a precursora do resgate da visão sombria do Batman. A primeira visão sombria da personagem fora feita por Neal Adans e Dennis O’Neil, mas foi Frank Miller que fez os trabalhos de maior expressão.
Cavaleiro das Trevas começa dez anos após Bruce aposentar o manto. Os heróis do mundo estão extintos por lei e o Superman, é o último em atividade, porém como um agente secreto americano (uma arma poderosa usada em casos de guerra ou crise internacionais). A cidade de Gotham City vive um aumento de criminalidade com uma gangue intitulada de Mutantes. Essa nova onda de crimes faz com que Bruce Wayne saia das trevas e tire o homem morcego da aposentadoria para encarar os criminosos da cidade. Batman é representado por Miller como um homem atormentado pela vingança e traumatizado pelo seu passado usando a inteligência e força bruta para fazer justiça sem limites, chegando ao ponto de assassinar os criminosos.


Em Batman: The Dark Knigth Returns, a pergunta “por que Bruce Wayne é o Batman?”, é explorada desde o assassinato de seus pais. Neste momento a cena do colar de Martha Wayne se espalhando no chão fica imortalizada.
A primeira parte da história se resume em mostrar a angústia de Bruce aposentado. Fato que influência diretamente seus vilões como Harvey Dent – Duas Caras e o Coringa, que também aposentam. A partir disto é explorado a ideia de que o Batman “cria” seus vilões ao ponto de ser comparado a um “câncer social”, o que fora bem explorado mostrando opiniões contrárias sobre influências sociais que o Batman causa (copiada por Tood McFarlane em Spawn). Dentro do grupo de vilões dessa revista podemos excluir a influência do homem morcego sobre o  Líder Mutante, que já começou a história atuando (em uma época que não havia grandes vilões de porte físico em sua galeria).
Uma das grandes inovações dessa HQ foi o fato dela ter sido escrita como uma storyboards. Possui uma boa composição, que acrescenta à narrativa. Páginas com muitos quadros e falas narrando o caos de Gotham, o que termina cansando a leitura. Essa narrativa é quebrada com o aparecimento do Cavaleiro das Trevas, em uma composição que toma a página inteira e nos proporciona um alívio. A história é contada pelo próprio protagonista, mas durante vários momentos é como uma narrativa em “off” que soa como poesias.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A Queda do Morcego


A Queda do Morcego



A década de 90 foi uma época em que filmes de ação e lutas cresceram muito, imortalizando grandes astros do gênero como Jean Claude Van Damme, Silvester Stallone e Steven Seagel. Os quadrinhos não fugiram dessa linha, popularizando os crossovers. Quem ganha as lutas? Superman ou Hulk? Thor vence o Hulk no braço? Capitão América ou Batman? Quem luta melhor? Confrontos que mais servem para alimentar egos dos fãs, pois é raro ter uma boa história envolvendo este contexto.
Falando mais especificamente da galeria de vilões do Batman, como Espantalho, Coringa, Duas Caras e Pinguim; estes vilões sempre acompanhados de capangas, mas que geralmente não tinham carismas e nem retornavam; sempre conseguiu derrubá-los no braço. Porém, foi aparecendo alguns desafios físicos para o Morcego, como Killer Croc, Rãs All Ghull, Morcego Humano (ser meio humano e meio morcego, no estilo do Lagarto do Homem Aranha) e finalmente o Bane.
Na época, a revista do Super Homem estava em queda. Não vendia e dava a entender que a personagem estava morrendo. Então os responsáveis pela revista decidiram terminar o serviço, e o mataram. A Morte do Super Homem fora um evento tão grande que teve cobertura da mídia, o que levou a personagem ao topo dos ícones pop novamente, o que o ressuscitou. E essa personagem lançou a moda: mataram um Robin, deixou paraplégica uma Batgirl (virou a hacker Oráculo), a morte da Gwen Stacy (primeira grande paixão do Peter Parker). Começaram, a partir daí as chamadas popularmente “sagas caça níqueis”, como Crepúsculo Esmeralda (a queda do Lanterna Verde), Saga do Clone do Homem Aranha e a Queda do Morcego.
A Queda do Morcego é uma saga “caça níquel” com 43 revistas, mas é boa. Até porque criou um dos melhores vilões do Batman, Bane. As revistas possuem uma boa narrativa de Doug Moench e Chuck Dixon, com desenhos na maioria das vezes bons, e tendo mudanças de acordo com as mudanças de desenhistas. Mas, não escapa do simplório e muitas vezes com eventos forçados, começando pelo próprio Bane.
Criado para a saga, felizmente foi uma criação que fora acertada sem querer, porque é um vilão interessante, inteligente e alguém de mesmo nível que o Batman. Mas, infelizmente nunca reconhecido, até porque estaria relacionado ao Apocalipse do Super Homem, que só ganhou notoriedade pelo seu feito: matar o Super Homem. Assim como o Apocalipse Bane também matou o Batman, com um plano inteligente de levar o Cavaleiro das Trevas ao seu limite, cansá-lo fisicamente e psicologicamente, o fazendo atuar direto durante três meses e dormindo em média quatro horas por semana. Libertou todos os vilões insano de Arkam e da prisão Blackgate. Monitorava esses criminosos, manipulando-os, e ao próprio Batman. Mas, por melhor que seja o plano, o desenvolvimento ainda deixa a desejar, com várias passagens forçadas.
Bane
nasceu na prisão de Pietra Dura na ilha de Santa Prisca, pagando pelos crimes de seus pais. Aos oito anos de idade, cometeu seu primeiro assassinato, matando um criminoso que queria usá-lo como moeda de troca de informações na prisão. Sua única companhia era seu ursinho de pelúcia chamado Osito. O urso possuía um buraco em suas costas, no qual Bane escondia uma faca para usá-la contra qualquer um que tentasse ameaçá-lo.
Mesmo aprisionado, Bane não deixou de aperfeiçoar suas habilidades naturais: dedicou-se à leitura de diversos livros, modelou seu corpo no ginásio da prisão e aprendeu a lutar para poder se defender de outros prisioneiros. Tornou-se uma lenda quando passou dez anos na solitária e saiu dela em perfeita saúde. Em certa ocasião, Bane desentendeu com outro prisioneiro e acabou sofrendo um acidente, que o deixou em estado de coma. Teve visões do seu futuro e descobriu que o medo de um morcego poderia impedi-lo de alcançar seus objetivos. Ficou obcecado pela leitura sobre Gotham City (lugar que, assim como a prisão, era comandada pelo medo) e sobre seu guardião.


Ao que parece, fizeram de tudo para que ele parecesse um grande vilão. Virar assassino cedo, matar muitos, nascer na prisão. E conhece a identidade do Batman através de um sonho, ficando obcecado para derrotá-lo. Tudo por causa de um sonho?!

Todos os criminosos agindo que nem loucos pela cidade, sem crime organizado ou máfia (o que é muito comum nas histórias do Morcego). O negócio era cometer o maior número possível de crimes até o guardião de Gotham levá-los de volta à cadeia.
O clímax, um tanto melodramático, mas legal de ver a frustração de Batman diante de seu fracasso como guardião, até o momento em que Bane quebra a coluna de Bruce. Quem assume o manto, não é o Dick Garyson (Robin e mais tarde Asa Noturna), que é como um filho para Bruce, e sim um maluco que eles acabaram de conhecer, Jean Paul Valley, e que grande parte de seu treinamento se dá a um sistema que introduz tudo que precisava saber. Como se ele tivesse sido hipnotizado antes de nascer, que inclusive lhe deu uma condição física do nada. A personagem estava sem lugar na história, até o Bruce reclamar o manto de volta, por direito. E neste momento ocorre mais um evento forçado: Bruce e a doutora que cuidava de seu sério ferimento, se apaixonam sem uma explicação. Ela é sequestrada e do dia para a noite, ganha poderes de cura (o que era bem conveniente para a situação de momento). Ela cura a coluna do Bruce e fica louca, com a mentalidade de uma criança de quatro anos. Bruce tem que recuperar a forma, e bem ao estilo de um filme de Kung Fu, ele volta a treinar, derrota o Batman de Jean Paull Valley (que havia deixado de usar o traje clássico, para usar uma armadura estranha e inútil) ao refletir a luz do Sol na cara dele. Assim termina uma saga, que tinha tudo para ser uma obra prima devido ao seu começo, mas o final não foi tão bom.