Alan Moore nasceu em 18 de Novembro de 1953, em
Northampton, Inglaterra. Sua infância e adolescência foram conturbadas, devido
à influência da pobreza do seu meio social e familiar. Quando jovem, foi
expulso de uma escola conservadora e tal motivo fazia com que outras escolas
não o aceitassem. Com 18 anos, estava desempregado e sem nenhuma formação
profissional. Começou, porém, a trabalhar na revista Embryo, um projeto
elaborado junto com amigos. O seu convívio na área fez com que se envolvesse
com o Laboratório de Artes de Northampton. Lá, conheceu Phyllis com quem se casaria em 1974. Teve duas filhas com ela: Leah e Amber.
Alan trabalhou em 1979 para a revista musical Sounds. Como
cartunista, escreveu e desenhou uma história de detetive chamada Roscoe
Moscou, utilizando o pseudônimo "Curt Vile". Avaliando seus
trabalhos, Moore concluiu que não era um bom ilustrador, o que o fez centrar
seu trabalho em escrever histórias. Suas primeiras contribuições de ficção
foram para o Doctor Who Weekly e o famoso título 2000 AD, onde elaborou várias séries populares como: D.R. &
Quinch, A Balada de Halo Jones e SKIZZ. Em seguida, Alan
trabalhou para revista britânica Warrior. Nela começou a escrever duas
importantes séries em quadrinhos: V de
Vigança, um conto sobre a luta pela dignidade e liberdade numa Inglaterra
dominada pelo facismo; e Marvelman,
conhecido nos Estados Unidos como Miracleman. Ambas as séries conferiram
a Moore o título de melhor escritor de quadrinhos em 1982 e 1983 pela British Eagle Awards.
Para a DC Comics escreveu as histórias de
conteúdo ecológico com Monstro do Pântano,
ficando conhecido no mercado americano. Nessa sequência de histórias introduziu
a personagem Jonh Constatine, que
posteriormente teria sua própria revista, Hellblazer.
Um dos grandes trabalhos do
britânico ocorreu no ano de 1985, onde a DC
o propôs uma série com as personagens clássicas recém adquiridas da extinta
Editora Charlton. Em poucas semanas,
Moore apresentou apresentou ao editor Dick
Giordano um esboço do enredo intitulado, provisoriamente, Watchmen
(“Vigilantes”), propondo uma parceria com o desenhista David Gibbons. Watchmen expõe ao leitor uma galeria bizarra
e demasiadamente humana de combatentes do crime, em sua maioria detentores de
distúrbios mentais e sexuais, solitários, confusos e aterrorizados quanto à
impotência de suas ações frente ao iminente holocausto nuclear. Moore
caracteriza suas personagens de forma tão realista e implacável que é
praticamente impossível, após a conclusão da série, levar o conceito de
“Super-Herois” novamente a sério. A série ganhou vários prêmios Eisner
e o mais cultuado prêmio de ficção científica da época, Hugo, até então limitado exclusivamente
à literatura. Ao abordar temas habitualmente alheios ao terreno das HQ’s
(metalinguagem, matemática fractal, teoria do caos, ultra realismo, inúmeras
referências literárias e musicais), Moore expandiu os limites da mídia a
confins inimagináveis anteriormente, abrindo precedente para os méritos e
aberrações ocorridos nos quadrinhos nas décadas seguintes.
Mesmo Watchmen ter sido o grande trabalho de Moore, não podemos deixar de
destacar outros clássicos, como: As
Aventuras da Liga Extrordinária, Top 10 e Promethea.
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