Não posso começar mais uma crítica com a
frase : “A Marvel Studios conseguiu superar-se
após o trágico Homem de Ferro 3”. Mas
o estúdio realmente inova cada vez mais. Com seu décimo filme, não apresentando
problemas de enredo nem no desenvolvimento das personagens, o resultado é o
mais divertido e complexo em termos de conexão desse novo universo espacial com
o universo dos Vingadores.
Inadvertidamente, os hilários
e excêntricos anti-heróis se unem por propósitos individuais, e isso funciona
perfeitamente. Rocket (Bradley Cooper), o guaxinim falante, e Groot, a árvore
de vocabulário restrito a apenas uma única frase (voz de Vin Diesel), roubam as
cenas. Porém, Peter Quill (Chris Pratt), com alcunha de Senhor das Estrelas, não
fica atrás com seu carisma, suas piadas e suas citações de filmes e músicas da
década de 80 (época na qual foi abduzido da Terra). Drax, o Destruidor (Dave
Bautista), se destaca com momentos de drama, ação e humor, e Gamora (Zoe
Saldana), filha adotiva do Titã Louco, Thanos, intensifica o romance no longa e também a
pancadaria muito bem coreografada.
O planeta Xandar, lar da
força espacial da Tropa Nova, é ameaçado por Ronan, o Acusador (Lee Pace), que tem em seu poder uma das Joias do
Infinito e rebela-se contra Thanos, juntando-se com Nebulosa (meia-irmã de Gamora)
e travando, assim, uma batalha enlouquecida entre sua raça, kree, e os citados xandarianos.
Os easter eggs pulam da telona, com bastantes referências ao universo
das HQs, especialmente no “museu” de Taneleer Tivan, o Colecionador (Benicio Del Toro), onde Cosmo, o cão espacial
russo com poderes telecinéticos, aparece entre um Chitauri (Os Vingadores – 2012), um Elfo Negro (Thor: O Mundo Sombrio – 2013), o casulo
de Adam Warlock e até mesmo Raio Beta Bill. No restante, apenas a cabeça de um Celestial e a cena pós-créditos, que conta com Howard,
o Pato (supostamente uma expansão desse novo
universo intergaláctico). E não podemos deixar de citar as cenas de THANOS durante o filme. Josh Brolin dá vida
(voz e captura de movimentos) ao Titã Louco e expõe o perigo que o vilão
representa para o futuro do universo cinematográfico.
Tyler Bates foi muito feliz com as escolhas para a trilha sonora clássica
dos anos 80. Os efeitos especiais são incríveis, com direito a cenas de
perseguições aéreas (bastantes referências a Star Wars), assim como o design de
produção, que se aproxima do universo dos quadrinhos com as cores fortes, tanto
das vestimentas das personagens como dos cenários.
James Gunn escreve e dirige o longa mais divertido e
diversificado da Marvel Studios. Já confiantes no sucesso de bilheteria, foi
anunciada na Comic Con San Diego 2014 a data de lançamento para a continuação, em
julho de 2017. Só resta esperar.
Escrito por Guilherme Rincon
Revisado e corrigido por Tarsila Albuquerque
Editado por Gabriel Albuquerque
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