domingo, 10 de agosto de 2014

GUARDIÕES DA GALÁXIA CRÍTICA




Não posso começar mais uma crítica com a frase : “A Marvel Studios conseguiu superar-se após o trágico Homem de Ferro 3”. Mas o estúdio realmente inova cada vez mais. Com seu décimo filme, não apresentando problemas de enredo nem no desenvolvimento das personagens, o resultado é o mais divertido e complexo em termos de conexão desse novo universo espacial com o universo dos Vingadores.

Inadvertidamente, os hilários e excêntricos anti-heróis se unem por propósitos individuais, e isso funciona perfeitamente. Rocket (Bradley Cooper), o guaxinim falante, e Groot, a árvore de vocabulário restrito a apenas uma única frase (voz de Vin Diesel), roubam as cenas. Porém, Peter Quill (Chris Pratt), com alcunha de Senhor das Estrelas, não fica atrás com seu carisma, suas piadas e suas citações de filmes e músicas da década de 80 (época na qual foi abduzido da Terra). Drax, o Destruidor (Dave Bautista), se destaca com momentos de drama, ação e humor, e Gamora (Zoe Saldana), filha adotiva do Titã Louco, Thanos, intensifica o romance no longa e também a pancadaria muito bem coreografada.

O planeta Xandar, lar da força espacial da Tropa Nova, é ameaçado por Ronan, o Acusador (Lee Pace), que tem em seu poder uma das Joias do Infinito e rebela-se contra Thanos, juntando-se com Nebulosa (meia-irmã de Gamora) e travando, assim, uma batalha enlouquecida entre sua raça, kree, e os citados xandarianos.

Os easter eggs pulam da telona, com bastantes referências ao universo das HQs, especialmente no “museu” de Taneleer Tivan, o Colecionador (Benicio Del Toro), onde Cosmo, o cão espacial russo com poderes telecinéticos, aparece entre um Chitauri (Os Vingadores – 2012), um Elfo Negro (Thor: O Mundo Sombrio – 2013), o casulo de Adam Warlock e até mesmo Raio Beta Bill. No restante, apenas a cabeça de um Celestial e a cena pós-créditos, que conta com Howard, o Pato (supostamente uma expansão desse novo universo intergaláctico). E não podemos deixar de citar as cenas de THANOS  durante o filme. Josh Brolin dá vida (voz e captura de movimentos) ao Titã Louco e expõe o perigo que o vilão representa para o futuro do universo cinematográfico.


Tyler Bates foi muito feliz com as escolhas para a trilha sonora clássica dos anos 80. Os efeitos especiais são incríveis, com direito a cenas de perseguições aéreas (bastantes referências a Star Wars), assim como o design de produção, que se aproxima do universo dos quadrinhos com as cores fortes, tanto das vestimentas das personagens como dos cenários.

James Gunn escreve e dirige o longa mais divertido e diversificado da Marvel Studios. Já confiantes no sucesso de bilheteria, foi anunciada na Comic Con San Diego 2014 a data de lançamento para a continuação, em julho de 2017. Só resta esperar.

Escrito por Guilherme Rincon
Revisado e corrigido por Tarsila Albuquerque
Editado por Gabriel Albuquerque