Bryan
Singer está de volta à direção na continuação de X-Men: Primeira Classe (2011) unindo as duas gerações de mutantes dos
cinemas (primeira trilogia e a atual). O filme utiliza viagem no tempo para
desdar os erros de cronologia durante a saga, assim estabelecendo um novo e
firme universo cinematográfico, usando como base o arco de quadrinhos (Dias de um Futuro Esquecido) de Chris
Claremont e John Byrne.
O longa inicia-se num futuro distópico no qual os robôs conhecidos como Sentinelas estão exterminando os mutantes e oprimindo os humanos que abrigam os genes que levam à mutação.
O longa inicia-se num futuro distópico no qual os robôs conhecidos como Sentinelas estão exterminando os mutantes e oprimindo os humanos que abrigam os genes que levam à mutação.
Wolverine (Hugh Jackman) entra em cena quando
Kitty Pryde levanta a possibilidade de projetar a consciência do herói de volta
a 1973 para impedir Mística (Jennifer Lawrence) de assassinar o criador dos
Sentinelas, Bolivar Trask (Peter Dinklage).
O
diretor retoma a abertura clássica dos dois primeiros filmes com a trilha de
John Ottman. Singer desenvolve muito bem o ambiente setentista e insere os
mutantes em acontecimentos históricos; neste caso, o assassinato do presidente
John F. Kennedy e o fim da Guerra do Vietnã. O jovem Charles Xavier (James McAvoy)
e o jovem Magneto (Michael Fassbender) têm um relacionamento fantástico como no
longa anterior, mas quem rouba a cena é Mercúrio (Evan Peters) com uma cena
espetacular em câmera lenta, na qual o mesmo demonstra sua velocidade. Digna da
invasão de Noturno à Casa Branca (X2 – 2003).
As
cenas de ação foram bem elaboradas, transparecendo a interatividade da equipe
formada por Apache, Bishop, Mancha Solar, Blink (manipulando os portais de
maneira grandiosa), Colossus (saindo na mão com os Sentinelas do futuro), Homem
de Gelo (pela primeira vez esquiando em seu tobogã glacial) e Tempestade (Halle
Berry — com pouco tempo em cena). Fera (Nicholas Hoult) apresenta uma aparência
mais fiel às HQs, diferente do anterior, e Mística está mais habilidosa durante
as lutas e mais presente na trama.
Para
quem apreciou Magneto levantando um submarino no original, prepare-se para o
levantamento de um estádio de futebol na sequência. Não podemos esquecer também
a bela atuação da dupla Patrick Stewart (Xavier) e Ian McKellen (Magneto). Até
o jovem William Stryker dá as caras.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido vem
a ser o melhor filme da série, mas ainda contém furos no roteiro. Para quem não
se lembra do final de Wolverine: Imortal
(2013), o mutante perde as garras de adamantium e retorna às de osso, e logo no
início do longa reaparece com as mesmas de adamantium novamente sem nenhuma
explicação. O mesmo para o corpo de Xavier, que foi obliterado em X-Men: O Confronto Final (2006), e, de
acordo com a cena pós-créditos do mesmo, sua consciência foi transferida para o
corpo de um paciente de Moira MacTaggert em estado terminal. Contudo, o
resultado final é satisfatório por não ser um filme à la “Wolverine e seus
amigos”, oferecendo espaço para todas as personagens e desfazendo o universo
pré-estabelecido, criando uma nova realidade onde os mutantes encontram-se
juntos, incluindo Jean Grey (Famke Janssen) e Ciclope (James Marsden). Agora é
aguardar a continuação X-Men: Apocalipse,
prevista para 2016.
Escrito por Guilherme Rincón
Revisado e corrigido por Tarsila Albuquerque
Editado por Gabriel Albuquerque
Editado por Gabriel Albuquerque
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