sexta-feira, 20 de junho de 2014

X-MEN: DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO CRÍTICA


Bryan Singer está de volta à direção na continuação de X-Men: Primeira Classe (2011) unindo as duas gerações de mutantes dos cinemas (primeira trilogia e a atual). O filme utiliza viagem no tempo para desdar os erros de cronologia durante a saga, assim estabelecendo um novo e firme universo cinematográfico, usando como base o arco de quadrinhos (Dias de um Futuro Esquecido) de Chris Claremont e John Byrne.

O longa inicia-se num futuro distópico no qual os robôs conhecidos como Sentinelas estão exterminando os mutantes e oprimindo os humanos que abrigam os genes que levam à mutação.

Wolverine (Hugh Jackman) entra em cena quando Kitty Pryde levanta a possibilidade de projetar a consciência do herói de volta a 1973 para impedir Mística (Jennifer Lawrence) de assassinar o criador dos Sentinelas, Bolivar Trask (Peter Dinklage).

O diretor retoma a abertura clássica dos dois primeiros filmes com a trilha de John Ottman. Singer desenvolve muito bem o ambiente setentista e insere os mutantes em acontecimentos históricos; neste caso, o assassinato do presidente John F. Kennedy e o fim da Guerra do Vietnã. O jovem Charles Xavier (James McAvoy) e o jovem Magneto (Michael Fassbender) têm um relacionamento fantástico como no longa anterior, mas quem rouba a cena é Mercúrio (Evan Peters) com uma cena espetacular em câmera lenta, na qual o mesmo demonstra sua velocidade. Digna da invasão de Noturno à Casa Branca (X2 – 2003).

As cenas de ação foram bem elaboradas, transparecendo a interatividade da equipe formada por Apache, Bishop, Mancha Solar, Blink (manipulando os portais de maneira grandiosa), Colossus (saindo na mão com os Sentinelas do futuro), Homem de Gelo (pela primeira vez esquiando em seu tobogã glacial) e Tempestade (Halle Berry — com pouco tempo em cena). Fera (Nicholas Hoult) apresenta uma aparência mais fiel às HQs, diferente do anterior, e Mística está mais habilidosa durante as lutas e mais presente na trama.

Para quem apreciou Magneto levantando um submarino no original, prepare-se para o levantamento de um estádio de futebol na sequência. Não podemos esquecer também a bela atuação da dupla Patrick Stewart (Xavier) e Ian McKellen (Magneto). Até o jovem William Stryker dá as caras.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido vem a ser o melhor filme da série, mas ainda contém furos no roteiro. Para quem não se lembra do final de Wolverine: Imortal (2013), o mutante perde as garras de adamantium e retorna às de osso, e logo no início do longa reaparece com as mesmas de adamantium novamente sem nenhuma explicação. O mesmo para o corpo de Xavier, que foi obliterado em X-Men: O Confronto Final (2006), e, de acordo com a cena pós-créditos do mesmo, sua consciência foi transferida para o corpo de um paciente de Moira MacTaggert em estado terminal. Contudo, o resultado final é satisfatório por não ser um filme à la “Wolverine e seus amigos”, oferecendo espaço para todas as personagens e desfazendo o universo pré-estabelecido, criando uma nova realidade onde os mutantes encontram-se juntos, incluindo Jean Grey (Famke Janssen) e Ciclope (James Marsden). Agora é aguardar a continuação X-Men: Apocalipse, prevista para 2016.

Escrito por Guilherme Rincón
Revisado e corrigido por Tarsila Albuquerque
Editado por Gabriel Albuquerque

domingo, 1 de junho de 2014

O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA: A AMEAÇA DE ELECTRO - CRÍTICA




A história de Richard Parker terminou! Não é erro de formatação, é assim mesmo que a crítica começa. A “enrolação” do segredos dos pais de Peter terminou e não interferiu em praticamente nada desse novo universo cinematográfico do aracnídeo. Diferente dos quadrinhos, onde eram agentes da SHIELD.

Muito superior ao primeiro longa, “O Espetacular Homem-Aranha: A Ameaça de Electro” contém um clima mais sólido e focado no desenvolvimento de suas personagens. Embora algumas falhas no roteiro ainda permanecem. O relacionamento de Gwen (Emma Stone) e Parker (Andrew Garfield) foi muito bem trabalhado assim como o de Peter e Harry Osbsorn (Dane DeHaan) que fez muita falta no primeiro filme e conseguiu impressionar com seu verdadeiro Duende Verde (não há vestimentas, ele se transforma em uma anomalia).

Felicia Hardy também dá as caras como secretária de Harry porém pouco e logo depois some das telas igual o Dr.Rajit Ratha, indiano e chefe de Curt Connors no primeiro longa, o qual não retorna e nem se menciona após o acidente na Ponte Williamsburg. Max Dillon (Jamie Fox) atuou muito bem sendo um super carente que se transformou na versão ultimate do vilão Electro e teve motivos fortes para odiar o cabeça de teia. Já Rino (Paul Giamatti) foi introduzido no início e voltou no término com armadura completa e mais aceitavel que o uniforme das HQs mas não apresentando uma ameaça em potencial para o herói.

Ao contrário do original, há bastante cenas de ação na continuação e não só o Aranha sarcástico e “bullying” de inimigos nos quadrinhos está bem presente no longa como o uniforme também está fiel (até com os olhos iconicos) e as posições clássicas em seus balanços pelos arranha-céus de Nova York. A batalha final contém tensão envolvendo a morte de um ente-querido do aracnídeo (o qual não vamos mencionar mas o fãs sabem muito bem quem é) e a trilha sonora de Hans Zimmer ajuda a criar esse ambiente e nos envolver na cena.


Em geral, o filme saiu superior ao anterior mantendo-se focado nas personagens e clima desenvolvido dando gancho para mais Duende Verde e possivelmente mais vilões para a continuação, mas muitas perguntas continuam não respondidas como: Por quê o sexteto sinistro está sendo criado? Qual será sua formação? Mary jane entrará na vida de Peter Parker? Felicia Hardy voltará como a vilã Gata Negra? Bem, nem o diretor Marc Webb sabe as respostas dessas perguntas, o q nos resta apenas esperar o futuro do cabeça de teia nas telonas.

Escrito por Guilherme Rincon
Corrigido e revisado por Tarsila Albuquerque
Editado por Gabriel Albuquerque