Sakura Card Captor, é uma série de mangá do gênero mahō shōjo (onde se possui um
tipo de personagem feminina jovem com poderes mágicos) criada pelo grupo CLAMP e serializada na
revista Nakayoshi, com 12 volumes, de 1996 a 2000. Foi adaptado a
uma série de anime pelo estúdio Madhouse, somando 70 episódios (divididos por três temporadas), 2
filmes e 3 especiais (OVA).
O mangá tem uma narrativa fluida, com desenhos
simples, sem muito detalhes de luz e sombra, o que indica o publico alvo,
jovens meninas. Se utiliza de simples traços, sem hachuras, mas as roupas são
bem detalhadas, muitas vezes ganhando um destaque ao surgir, com grande
influencia da moda Lolita, a moda no mangá é uma das principais atrações no
mangá para as leitoras. O que é de se esperar, já que a principal ilustradora
(Mokona, sim, o Mokona dos mangás da Clamp leva o nome da ilustradora), é uma
grande fã de moda, e chega a escrever livro sobre.
Os personagens são carismáticos, e a relação
entre eles vai sendo bem trabalhada, mesmo quando clichê (clássico casal que
começam se implicando, mas depois desenvolvem um sentimento mútuo). O anime
acrescenta um personagem novo, que até se mostra interessante. Acaba sendo uma
rival para Sakura, mas não se tratando de cartas.
O anime chega a ser bem fiel em relação ao mangá.
Mas os acontecimentos não segue a mesma ordem. A manifestação das cartas também
se alteram, mas mantem a base (uma carta que aparece jogando objetos no mangá
continuará jogando objetos no anime, mas os objetos e o alvo se alteram), alguams
das cartas que no mangá já aparece sendo lacradas , no anime elas se manifestam
causando problemas antes (a exemplo da carta do bosque e do trovão). Como as
cartas surgem em ordens diferentes entre o anime e o mangá, algumas das cartas
tem alterações na forma de captura, inclusive porque as vezes conta com um
personagem a mais ou a menos entre as mídias, ou em determinadas cartas, em que
a carta usada para que selasse a outra carta no mangá, não havia sido capturada
no anime. Mas é o que torna as coisas mais interessantes, pois não fica
previsível. E o mais importante, as cartas não perdem sua identidade.
Os OVAs, mais parecem fillers (e daqueles que são
tão encheção de lingüiça, que nem tem historia direito), que não acrescentam em
nada à historia. Ao contrário do filme (A carta selada), que são continuações
do anime/mangá, e trabalha a relação (ou relacionamento) entre sakura e Syaoran (ainda com o cliche, mas agora com o "sempre alguém para atrapalhar na hora de se declarar").
O 1º filme é um spin-off.
Por: Felipe Utsch
Diálogo imaginário entre otakus:
ResponderExcluirOtaku 1: Você soube da última sobre a série Card Captor Sakura?
Otaku 2: Não. Qual é a última?
Otaku 1: É sobre um dos personagens da série. Para ser mais exato, é sobre o mago Clow Reed.
Otaku 2: Ah, aquele Clow Reed. Eu me lembro dele. E o que têm ele?
Otaku 1: É que esse personagem pode ter sido inspirado em uma pessoa que existiu na vida real. E, ainda por cima, eram um mago, também.
Otaku 2:É mesmo?(disse, surpreso) E quem foi esse mago que pode ter sido a inspiração para aquele personagem?
Otaku 1:Segundo comentários que correm por aí, havia um mago que viveu na primeira metade do século passado, chamado Aleister Crowley, que era famoso internacionalmente. E ele era inglês. Era considerado um mago competente, que escreveu livros sobre magia e ocultismo e, detalhe interessante, um baralho de 78 ilustrações, todos na cor vermelha, reunidos num livro chamado de O livro de Thot Tarot, foram pintadas por uma artista inglesa sob a direção do próprio mago em questão. Mais tarde, esse baralho foi impresso pela primeira vez em Dallas, nos EUA, mas na cor vermelha. Só anos depois é que eles foram impressos com suas cores originais.
Otaku 2: Hummm,isso é interessante. Ainda mais por causa desse detalhe do baralho ilustrado e do tal livro, que fazem lembrar as cartas Clow e o livro em que elas estavam reunidas. E se não me engano, as cartas Clow tinham a cor vermelha antes de serem transformadas em cartas Sakura.
Otaku 1: E isso não e tudo. Tem mais coisas que reforçam as semelhanças entre os dois, o mago criado pela Clamp e o mago que existiu no mundo real.
Otaku 2: Ainda há mais?(disse, mais surpreso do que antes).
Otaku 1: Segundo as pesquisas que fiz na internet, esse tal de Crowley viajou pelo mundo afora. Ele visitou diversos países, entre eles, Hong Kong e Japão.
Otaku 2(perplexo): Hong Kong…a terra natal de Shaoran.
Otaku 1: Além disso, têm a personalidade do tal mago Crowley. Segundo informações na rede, ele tinha uma personalidade que, de certa forma, se assemelhava ao do fictício mago que criou as cartas Clow. E, por fim, um detalhe curioso: você notou que o nome completo do mago da série da CLAMP – Clow Reed (クロウ・リード) – têm uma semelhança fonética com o sobrenome do mago inglês que viveu no século passado – Crowley (クロウリー) – e que, escritos em katakana , a escrita japonesa utilizada para palavras e nomes estrangeiros, leia-se não japoneses) são quase semelhantes?
Otaku 2: É mesmo! Agora que você falou isso, percebi a semelhança entre os dois nomes.
Otaku 1: E mais uma coisa que me veio à mente: lembra da frase que a Sakura usava para transformar a chave em báculo desde o começo da série, até o episódio em que ela passou pelo julgamento final, aquele em que ela enfrentou e venceu Yue, quando o báculo mudou de forma, com aquela estrela na ponta ao invés do símbolo do sol e da lua?
Otaku 2: Ah, eu me lembro sim. Era assim: “Chave que guarda o poder das trevas,…”
Otaku 1: Pois é. No anime, e principalmente no mangá, da série Card Captor Sakura, consta que o poder de Clow vinha das trevas, ao contrário do poder da Sakura.
Pois bem, eu soube também que o tal do Aleister Crowley, o mago inglês do século passado, praticava tanto a magia branca como a magia negra. Algumas pessoas o associavam mais à magia negra, o poder das trevas. Seria essa, possivelmente a semelhança maior entre os dois magos – o fictício e o real? Numa música do Raul Seixas, intitulada “Sociedade Alternativa”, há uma citação tanto ao mago Crowley quanto à uma famosa frase dita pelo mago:”Faze o que tu queres, há de ser tudo da lei” ,frase essa que algumas pessoas poderiam ter entendido como “faça todo o mal que queres”. De qualquer forma, tanto Clow como Crowley eram excêntricos, como pode ver.